Este futebol luso, que se tornou numa lavandaria atolada de
roupa suja, onde o futebol que se pratica dentro das quatro linhas, as belas
jogadas e belas defesas, ficam para segundo ou terceiro plano, nos incontáveis
programas de televisão e até nos jornais desportivos.
Parece que agora o que conta, é mesmo o que menos deveria
contar: o árbitro, e o milímetro em fora de jogo, e a intensidade do toque, etc…
surgiram imensos especialistas na matéria, com a vantagem de termos sempre e invariavelmente,
pelo menos, duas versões do mesmo lance. (Não há pachorra para tanto
disparate!)
Como consultor de marketing, fico arrepiado ao ver os
próprios agentes de uma indústria de muitos milhares de milhões de euros,
maltratarem o produto que deviam preservar e promover. É um corrupio de
comentadores que em frente das camaras sensacionalistas dos múltiplos canais
que deveriam ser de notícias, pouco parecem interessados nos valores do
desporto rei, mas sim em encontrar a melhor forma de espezinhar o parceiro de
outra cor clubística. Isto perante uma audiência sedenta de sangue e cada vez
mais com a vista turvada pelas cores que dizem defender. (Eu já não gasto nem
um minuto com esse espetáculo degradante!)
Tudo começa nas cúpulas dos principais clubes portugueses,
onde reinam autênticos oligarcas, que se fazem secundar por um séquito de
seguidistas acéfalos e onde se congeminam as “melhores” práticas, para eliminar
a concorrência, e onde parece que vale tudo!
Não ponho de parte, absolutamente nenhum alto responsável de
nenhum dos três chamados grandes (S.L. Benfica, F.C. Porto e Sporting C.P.), e
poderia juntar aqui muitos outros.
Que se prenda quem prevaricou, que se castigue quem não
cumpriu as regras… mas calem-me essa malta toda, e devolvam-nos o FUTEBOL!
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